Percebe-se que a
mulher, com exceção, está ganhando espaço na sociedade e perdendo espaço no lar
e o homem torna-se mais rebelde e sujeito a conquistas inconsequentes. A
família, na pós-modernidade, segue cumprindo sua missão sob o peso do rolo
compressor do movimento que surgiu na Europa para desconstruir Bíblia,
cristianismo, família, sociedade e nações. Esta desordem desencadeia crimes
passionais e realça a prática do feminicídio. As forças do mal ameaçam destruir o
que Deus criou, todavia há exército com armas espirituais para derrotá-los.
Depois da conversão a Cristo, o passo mais
importante é a constituição da família. « Esta é, afinal, osso dos
meus ossos e carne da minha carne. » Os cônjuges que constroem no altar, laços
de amor antes, durante e depois, não correm o risco de separação ficando a
olhar com frustração, um monte de ossos
aqui e de carne acolá. Quem faz a separação? É o casal, o opositor de Deus ou
ambos? « A mulher é vocacionada por Deus para manter a chama do amor acesa
no sacrário divino, que é o lar »(John O'Brien).
A ação de Deus na vida dos cônjuges e a ação
dos dois na presença de Deus, evitam a desagregação familiar. O casamento deve
ter blindagem espiritual para evitar a ação virótica de Satânica diuturna. A
família que obedece o decreto divino é abençoada e abençoadora. O casamento é
um mistério que vai além da racionalidade. Não é dado aos gêneros desvendar este
mistério divino que faz dois corações pulsarem
no mesmo ritmo.
Estribado no pressuposto bíblico, o
matrimônio é vocacional. Deus inspira pessoas a assumirem este estado honroso.
A missão a dois não tem fim em si mesmo. Sua dimensão não é apenas biológica,
pois « O Brasil não precisa de homens e mulheres reprodutores e, sim, de
educadores e formadores de caráter » (Içami Tiba). Ouve-se de líderes
religiosos, terapeutas educadores que, na pós-moderna, que a família está rodopiando
no seu tripé em busca de equilíbrio espiritual, emocional e social. Existem
crises relacionais que devem ser curadas.
A
crise instala-se em virtude da falta de submissão, obediência e
afastamento de Deus. « Antes de se casarem os corpos, as almas devem ser
as primeiras a se casarem, porque vejo muitos corpos casados e muitas almas
solteiras » (Belmiro Braga). Muitos corações sofrem pelo descompasso que
causa a desagregação da família. A escritora negra, Carlina de Jesus expressou
– O fogo nasce da pedra e a pedra nasce do chão; o amor nasce dos olhos e vai
para o coração.
'Os ácidos da
pós-modernidade' causam o rompimento com Deus, família e o semelhante. De
certo, há mais felicidade entre o céu e a terra do que se pensa. É preciso usar
lentes de cristal para enxergar sinais na vi-a-três - Homem-Jesus Cristo-Mulher. Há conflitos
devido à falta de diálogo e
relacionamentos pré-nupciais. São imprescindíveis a maturidade espiritual,
emocional, social, física e profissional para « construir a casa na rocha »
A família é o
núcleo mais importante da igreja, sociedade e nação. « Nenhuma nação é
melhor do que a vida familiar do seu povo » (Collidge). A família
assemelha-se a um castelo. Sua fortaleza está no seu interior para resistir às
pressões externas. Quase toda igreja tem origem numa família. Nasceu, em nossa
casa, 1948, São Vicente da Estrela, a igreja Metodista cujo pastor era o Rev.
José de Freitas. Vive-se, hoje, a crise de pais ausentes e filhos carentes com
a terceirização da criação e educação dos filhos. « Na casa, o homem é a cabeça, a mulher é o coração » (A. Niedermeyer). A família brasileira enfrenta
uma triste realidade.
Constata-se que
houve 180.050 divórcios
e 160.685 separações
judiciais sem contabilizar as clandestinas totalizando 340.735. Com a liberação da prática
sexual libertina, a situação agravou-se muito gerando cerca de 2 mi 150 mil de
adolescente gravidas. Infelizmente a família tornou-se refém deste sistema
iníquo. O pior é que tal sistema está atingindo a igreja. Paulo disse: « Não
vos conformeis com este século (dias atuais), mas transformai-vos pela
renovação da vossa mente... »(Rm 12.2a). O divórcio deixa traumas e
mágoas irreparávis.
O divórcio, às vezes, é uma fuga em busca de interesses
próprios. « O amor não busca
seus próprios interesses » ( 1 Co 13.5).
AFINAL, QUE É O CASAMENTO?
De acordo com a
Bíblia, Constituição do Reino de Deus, o casamento é a união de duas pessoas,
do gênero masculino e feminino, que se amam mutuamente. Eles creem que, unidos
por Deus, podem construir uma família cuja essência é o amor. Sem amor, o casamento é uma
sociedade. Não deu certo, cada um pega sua trouxa e se manda em busca de
aventuras. Pode ser uma decisão egoísta. Ninguém pode dessacralizar o que é
sagrado. Havendo submissão de ambos a Deus, marido à mulher, mulher ao marido,
os laços e votos são invulneráveis. « NÃO
É BOM QUE O HOMEM ESTEJA SÓ; FAR-LHE-EI UMA AUXILIADORA QUE LHE SEJA IDÔNEA »
(Gn 2.18).
Pr. Valdemar Trevenzoli - bergertreve@oi.com.br
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