Quarenta mil docentes deixaram suas cátedras devido aos
problemas psicológicos causados pela violência praticada por estudantes. "Oh,
tempora! Oh, mores!" Que tempos e costumes são os nossos! Exclamação de
Marcus Tullius Cicero, sábio de mente versátil, contra a devassidão política
marcada por um clima de execrável vilania como atualmente no Brasil. Ele era romano
e viveu no ano 106 a.C/43 a.C.. Portanto, há 2.120 anos. A história se repete.
Haverá, na Terra de Santa Cruz, insignes políticos brasileiros que tenham cérebro
com lisura de caráter, princípios de honradez e invulnerável espírito
nacionalista no qual aconteça o INSIGHT como de CÍCERO?
Com esta informação funesta, passei a
refletir sobre a indignidade e covardia praticada contra mestres que descerram
as cortinas da ignorância e descortinam os horizontes da juventude. Quando me dei
conta de que só no Estado de São Paulo, 40 mil professores abandonaram suas
cátedras por conta da violência, tive uma profunda tristeza. É lamentável esta
crise no sistema educacional brasileiro, que é de grande relevância para pôr o
prumo e definir o rumo de uma nação. Tivemos o privilégio, minha esposa e eu de
lecionar em várias instituições em cinco estados brasileiros, trabalhamos na
Comissão Municipal de Ensino e jamais enfrentamos crises de indisciplina como
acontece hoje.
A família é a oficina do caráter e âncora da
educação fundamental, ensino médio e superior. Infelizmente, como asseverou
Albert Schweitzer, a família desagregou-se e houve um eclipse na oficina do
caráter terceirizando e delegando ao Estado a educação de seus filhos. Há uma
TRÍADE bíblico-teológica basilar na educação: “E crescia Jesus em sabedoria, em
estatura e em graça diante de Deus e dos homens” (Lucas 2.62). A falta de
observância deste paradigma milenar, a sociedade toma rumos indesejáveis. Hoje,
muitos pais contam um, dois e três anos para deixar a criança na Escola
Maternal. Aí está gênese da violência, porque o infante é seqüestrado pela
sociedade e troca o bico do peito materno pelo de borracha, o afeto, colo e o
cheiro da mãe, que perdura, quiçá, vida afora. Deus delegou ao primeiro casal: a
missão paternal e a missão maternal. Dr. Ruy Barbosa, jurista e escritor,
disse: “a família é a célula mater da sociedade”. A família é, de fato, a
primeira sociedade da qual se faz parte. Nela vivemos a maior parte da
nossa existência. Sendo a única que possui laços indissolvíveis, tornando-se
assim a mais importante. Diante disso, destruída a família, a sociedade se
desfará automaticamente.
Os sinais de declínio da família são
abundantes e evidentes à nossa volta, os sinais do colapso são: divórcio, aborto,
esterilização, delinqüência, erotização precoce, infidelidade,
homossexualidade, feminismo radical, o movimento dos direitos das
crianças, ao lado da banalização dos lares de pais solteiros, liberdade
sem responsabilidade e outros sinais nocivos à família, núcleo embrionário da sociedade. A família parece estar à
deriva, sem referência, impotente e desprotegida diante dos embates do
consumismo, bombardeada pelos meios de comunicação e incapaz de dar uma resposta
a esses ataques. Para alguns, a família é um conceito conservador, só defendido
pelos retrógrados.
A família
tem sido o alvo tanto de Deus para edificar, como também do inimigo para
destruí-la. O teólogo Jaime Kemp, quando da publicação da Bíblia da
Família, afirmou que: “A família, por sua vez, é ‘a menina dos olhos’ do
Senhor Ele dispensa especial carinho e atenção a essa instituição,
idealizada para proporcionar ao homem e à mulher amor incondicional, suprir as
necessidades físicas e emocionais de cada um de seus membros, suavizar a
solidão e fornecer refúgio seguro e certo contra as pressões e as turbulências
do mundo. A família para Deus, é um treinamento para a vida.”. Com esta
definição, estamos convictos de que a família é bênção de Deus, pois Ele a
instituiu para o bem do seu povo e para a sua própria glória. Portanto, a
família é constituída por relações de amor! Diferente de qualquer outro gênero
de grupamento humano (partido político, associação etc.). Na origem de tudo, há
um amor conjugal que chama a vida a participar desse amor.
Teólogos:
José Comblin, Jaime Kemp e Pr. Valdemar Trevenzoli
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