Gostei da página enviada por uma facebuquiana refletindo sobre o idoso. Comovido e estimulado, resolvi dar asas à minha mente quase nonagenária e minha esposa octogenária, para expressar como vivemos. Vivemos bem e felizes aos 57 anos de olimpíada conjugal. Temos três filhas e um filho que zelam por nós. Temos dois netos e uma neta prestimosos. Temos um lindo chalé parati todo em madeira especial com temperatura controlada; quintal com fruteiras, hortaliças e jardim matizado. Só podemos dizer uma coisa: “Fomos moços, e agora somos idosos; mas nunca vimos o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão” (Sl 37.25). Feliz é a pessoa que vive de tal maneira que, ao olhar para trás não encontra motivo para vexame e ainda tem o vigor na velhice para erguer os braços, estender as mãos a fim de colher os frutos saborosos de sua semeadura.
Ultimamente sentimo-nos bastante incomodados com o desleixo das autoridades deste país com respeito ao zelo que devem ter com os idosos que deram sua grande contribuição para construir o t o Brasil prestando serviços em diversas áreas como profissionais na zona rural e urbana. Ademais, fecundaram, criaram e educaram seus filhos e filhas, sabe lá Deus com que sacrifício! O idoso não é trapo, velho ranzinza, peso para a família, babão, caco, incômodo, nem traste para ficar, muitas vezes, ao relento e ao abandono pelo des-cuido de muitos filhos que desfrutam benefícios da educação que lhes deram. Respeitar as cãs e tratar o vetusto com dignidade é uma boa filosofia para quem assumirá o seu lugar mais tarde, se não houver desfalecido antes e lá chegar. Completarei 86 anos. Tra-alhei 70 balhamos 70 anos como camponês, pastor, professor e gestor de instituições e ainda somos conselheiro voluntário para cui-r, como dar como clínico de dependente químico. Os corruptos, criminosos, trambiqueiros e ladrões são mais bem assistidos do que os ido-sos, com sos com recursos públicos.
De mim nasce o desejo de evocar a tríade filosófica francesa para despertar a consciência política (existe?), que é a arte de bem governar e administrar os bens da República: LIBERTÉ, ÉGALITÉ ET FRATERNITÉ.
1-Liberdade.
Sem disciplina, ordem, limites e responsabilidade gera libertinagem projetando um futuro nebuloso para a Nação;2-Igualdade.
Direitos iguais para todos: educação, habitação, saúde e segurança. Há ido-sos habitando em palafitas, barracos, ao léu e sem o básico para sua subsistência 40% da população brasileira vivem em extrema pobreza. A saúde está em crise permanente. Nem todo o idoso vive o tempo da inatividade segundo a filosofia do governo. Não produz, mas já produziu. Segurança, não só para os magnatas, mas para todos. Minha irmã e o meu cunhado foram assassinados a pauladas depois entregarem o cartão de benefício com senha e os dedos amputados para saque digital.3-Fraternidade.
A Nação é uma família que deve ter o básico para a sua sobrevivência. A nossa riqueza está nas mãos de castas dominantes e estrangeiros que exploram a nossa riqueza. Cerca de 20 milhões de idosos estão no patamar
da sobrevida. Os políticos desonestos, criminosos têm mais privilégios do que os idosos neste país.
O apóstolo Tiago dá uma receita para a religião pura e imaculada no capítulo 1.7 sugerindo para incluir os idosos no sonho e no lampejo de esperança de melhores para a criança, juventude e idosos brasileiros.
Um abraço do lutador e quase nonagenário.
Juiz de Fora, 10 de maio de 2017.
Pastor e professor Valdemar Trevenzoli
Site: (www.pastortrevenzoli.com)
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