INTRODUÇÃO
Com muita alegria e gratidão a Deus, faço a
introdução deste livreto com a Parábola dos Dois Sitiantes. É uma analogia que
se faz sobre o campo onde se semeia o evangelho, semente que produz alimento
para o sustento espiritual e faz brotar a vida eterna; e o campo onde se planta
o cereal para o sustento natural. Quanto mais a igreja semeia na dinâmica do
Espírito Santo, mais abundante é a colheita de almas. Com as memórias deste
campo fértil, queremos realçar o valor de quem “lança mão do arado e não olha
para trás”(Lc 9.62). A igreja não é chamada para “observar o vento, e nem olhar
para as nuvens” (Ec 11.4), mas para sulcar a terra, prepará-la, e lançar a
semente, porque Deus já prepara a chuva de bênção. Minha alma jubilosa
glorifica a Deus pela vida desta igreja missionária e pela conquista da
vitória resgatando os que estavam na rota do inferno cujos pés
caminham agora, na direção do céu. Aleluia. Vejo na pujança desta igreja e da
liderança, a bandeira do evangelho tremulando com o sopro do Espírito, no topo
do mastro. Não temais, senão a Deus; não resistais, senão ao Diabo e es
estareis incomodando o chefe do inferno e resgatando as almas aprisionadas por
ele.
Nomeio as ações de uma que
deseja ser missionária:
Oração e jejum
Cmunhão,
Doutrina,
Disciplina e
Evangelização
Como desejaria que a distância não fosse apenas geográfica! Seria muito vantajoso sabatinar as nossas igrejas para avaliar essas práticas. Entretanto, devemos estar atentos ao cumprimento da missão. do contrário, a nossa mente mente cristã estaria sob o cautério divino (ferro quente). faço um alerta. Sente-se que a igreja usa tempo demasiado com atividades intramuros. Jesus usou 50.3% do seu tempo além do templo e 49.7% do seu tempo com os discípulos e as autoridades. “ É preciso deixar o altar florido e perfumado, a liturgia esmerada, as festas e os elogios para estar junto ao sofredor. Que importa se suas roupas se rasgam e mancham!” (Rabindranath Tagore). É preciso estar ao lado de quem tem o hálito do inferno a fim de levá-lo a experimentar o perfume da graça. Tirá-lo da rota do inferno levando-o a iniciar a rota da eternidade com Jesus Cristo.
I- EVANGELIZAÇÃO INTEGRAL
O evangelho é para todo o homem e para todos os homens. A evangelização tem como destinatário o homem na totalidade do seu ser: “espírito, alma e corpo”(1 Ts 5.23), histórico e eterno. O evangelho não pode ser reduzido a uma só dimensão Não se deve fragmentar o homem criado “à semelhança de Deus”. Não se deve aceitar o conceito de evangelizar somente para “salvar as almas” e buscar exclusivamente uma mudança de “status” eterno do indivíduo. tampouco se deve reduzir o evangelho a um simples programa ou instrumento sócio/cultural/político.
II- EVANGELIZAÇÃO BÍBLICA
Jo 5.39; At 2.22-42;
10.34-44; I Co 15.1-4; Ef 1.9,10; Cl 1.15-23; Ef 4.1.12-16 e Fl 3.12-15.
A verdadeira evangelização é bíblica. sua mensagem é: a proclamação (kerigma) consagrada pelo novo testamento, tendo como fundamento Jesus Cristo, seu ponto central é um chamado ao arrependimento (metanoia), à conversão e a inserção na comunidade de fé. Seu objetivo final é o reino de Deus, Apaz bíblica (shalom), a reconciliação de todos os homens por meio de Jesus Cristo, que é Senhor de tudo ou não é Senhor de nada. Ela não faz concessão ao seu discipulado. Entrementes, a evangelização é um processo permanente no qual somos transformados uma e outra vez, a Deus e ao próximo sendo uma porta aberta para a renovação, reconciliação, crescimento e busca de maturidade cristã.
III- EVANGELIZAÇÃO É PROCLAMAÇÃO
de boas novas libertadoras. Evangelizar é compartilhar uma boa notícia. Não é impor a alguém um pacote doutrinário, teológico, filosófico, litúrgico, ético e humanista.
IV- A EVANGELIZAÇÃO É ENCARNADA - RHEMA
Há uma dose forte de paixão na evangelização encarnada (rhema), e não apenas (logos). É a proclamação em palavras e atos. Nota-se que há excesso de verbo em tudo que se faz. “Deus fez um discurso vivo através Jesus Cristo” (J. Durrandeaux. Muitas vezes prega-se, hoje, um evangelho social, cultural e humanista. Descarta-se o poder do Espírito Santo, do sangue de Cristo e da cruz. O evangelho é eterno, porém, compatível com o que é temporal e histórico. Não se quer dizer que as situações históricas se tornam parte do conteúdo do evangelho. Por conseguinte, a evangelização tem de estar inserida na experiência total do homem que responde por sua existência, que não é apenas o destinatário, senão também o ingrediente da evangelização.
V- EVANGELIZAÇÃO CONSCIENTIZADANÃO
Basta a igreja ter visão panorâmica do mundo e da desgraça em que vive o pecador. Entretanto, é preciso ter a consciência de toda a situação de perda da imagem e semelhança de Deus. Deve-se levá-lo a conhecer e abandonar tudo aquilo que o impede de ser livre. Refutamos toda a evangelização que tem como base uma atitude de fuga da vida, alienante da realidade e irresponsável perante a sociedade. Gn 4.9; Fl 3.3-15; Lc 19.1-10; Mt 10.16 e Jo 3.1-9.
VI- PRIORIDADE DA EVANGELIZAÇÃO
1-A evangelização não é
opcional, mas imperativa: “Ide e fazei”. São dois verbos dinâmicos.
A evangelização é essencial à vida da igreja.É uma tarefa prioritária. Ou se
evangeliza e vive ou não se evangeliza e morre. O fruto da evangelização é a
santificação do corpo de Cristo na terra e dela depende a sobrevivência da
igreja.
2-O evangelho não é uma propriedade. Não é uma mordomia. Nada poderá tirar-nos este privilégio e nem nos livrar desta responsabilidade (Rm 1.11-16); “ não foi, não é e jamais será elixir de bem-estar social” ( V. Steuernagel). A tarefa evangelizadora não é um negócio e nem muito cômoda. É um serviço que os anjos gostariam de executar, mas é uma incumbência dada ao homem, “porque nós não estamos como tantos outros mercadejando a palavra de Deus” (2 Co 2.17).
VII- TAREFA PERMANENTE.
A evangelização é uma
tarefa permanente. nenhuma situação nos fará romper com o compromisso de
evangelizar a tempo e fora de tempo. evangelizar não é tarefa opcional. é uma
ordem dada por Jesus Cristo. Ele tem autoridade para fazer isso (Mc 16.14-18).
VIII- OS MEIOS PARA A EVANGELIZAÇÃO
1-A evangelização passa pela exigência daquele que é chamado , clérigo ou leigo chamado a testemunhar. É o mártir que põe sua vida onde está sua palavra em nome de Jesus Cristo. A igreja é o meio de comunicação do evangelho ou não é igreja. Tudo quanto ela faz tem uma dimensão missiótica: liturgia, pregação, ensino, vida comunitária, serviços prestados à comunidade secular (Atos 2.42; 6.8; 2.32; 3.15; 10.39-44; II Tm 1.8-14).
Pregar é viver: para pregar o evangelho é preciso vivê-lo integralmente em conversão pessoal e coletiva. É preciso que haja sinais na igreja. Os sinais credenciam a igreja a fim de que seja um referencial para a comunidade onde está inserida. Do contrário ela perde o direito e a credencial para exercer a missão.
IX- O PREÇO DA EVANGELIZAÇÃO.
o preço é alto para que se
tenha uma autêntica prática missionária. Custa grandes renúncias, mudanças
dolorosas e opções radicais. A igreja que busca facilidades fica fora dos
limites da ação de Deus. Jesus Cristo, o missionário, seus apóstolos e
discípulos jamais tiveram facilidades em sua jornada. A igreja que busca
facilidades tornar-se-á inexpressivvel e insulsa. Não há evangelização sem cruz.
Deve-se pagar alto preço por aquilo tem alto valor.
X- OPERAÇÃO
Operação sobrenatural. A
evangelização é uma intervenção sobrenatural. É uma cirurgia espiritual que
passa pela dinâmica do Espírito Santo. Todas as vezes que a igreja trabalha sob
a estratégia do Espírito faz tremer as fortalezas do diabo e expande as
fronteiras do reino de Deus. Sempre há festa na igreja e no céu que evangeliza
e busaca mais uma ovelha nova pelo nascimento espiritual. “Se não resgatarmos os
que estão na rota do inferno, precisamos resgatar-nos a nós mesmos” (
Reinhard Bonnke). Com unção e diligência faremos o melhor. (2 Tm
2.15). “Até que se tenha esta unção, todo o resto é presunção”( R. bonnke). A
unção tira a rotina religiosa pelo sopro do Espírito Santo. Se faltar óleo no
cárter, o motor funde. Se faltar óleo na igreja, tudo quanto ela fizer terá
sabor de derrotas. A unção lubrifica “as juntas e medulas” e dinamiza todo o
sistema eclesial.
CONCLUSÃO
A paz bíblica (shalom), a
reconciliação de todos os homens e por meio de Jesus Cristo, que é Senhor de
tudo ou não é Senhor de nada. Ela não faz concessão ao seu discipulado.
Entrementes, não se pode ”servir a dois senhores”. A evangelização é um processo
permanente no qual somos transformados uma e outra vez, a Deus e ao próximo,
sendo uma porta aberta para a renovação, reconciliação, crescimento e busca de
maturidade cristã.
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