
A nossa páscoa é doce como mel, mas a Páscoa do Cordeiro imaculado foi amarga como fel. Celebrar a Páscoa é romper o holocausto da morte executado pelo homem proclamando Jesus Cristo que quebrou as mandíbulas da morte, quando se ofereceu como holocausto no maior altar do mundo, que é o monte da caveira.
A igreja deve marcar seu encontro, não apenas nos templos com belos cânticos e sofisticada homilia, quando o grito dos ameaçados pela morte ronda os limites do nosso espaço sagrado. Somos convocados a assumir uma postura profética, e não conformista, diante dos cadáveres ambulantes da nossa sociedade. Celebrar a Páscoa é lutar contra “o anjo da morte” que ronda os lares brasileiros, “aspergindo o sangue do Cordeiro nos umbrais das casas”.
Celebrar a Páscoa é dizer: PAI PERDOA-NOS pelos homens que usam suas armas que vomitam projéteis mortíferos e produzem viúvas e órfãos; pelo gemido das crianças que sugam a última gota de leite do peito vazio da mãe; pelo choro da mãe que vê seu filho morrer, prematuramente, sem os cuidados médicos; pelos geradores da morte através de guerras e pela ganância em amealhar riquezas. Termino esta mensagem citando Charles Chaplin: “O homem moderno pensa muito e sente muito pouco”. Tenho medo, porque muitos de nós vivemos essa filosofia e adotamos essa teologia.
“Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, DEUS O FEZ SENHOR E CRISTO ” (Atos 2.36).
SE PUDER, TENHA UMA FELIZ E INCOMODANTE PÁSCOA!
Comentários
Postar um comentário